A primeira peça do caminho!

Nunca me vou esquecer daquela tarde chuvosa em que percebi, pela primeira vez, que o meu filho estava com dificuldades em Ciências. Ele tinha apenas dez anos e estava sentado à mesa da cozinha, a morder o lápis com ar frustrado, enquanto tentava decorar os ossos do corpo humano para o trabalho de casa. Olhava para o manual escolar como se fosse um enigma indecifrável.

— “Mãe, eu nunca vou conseguir aprender isto…” — murmurou, quase a desistir.

O meu coração apertou-se. Conhecia bem aquela sensação de luta com a matéria, e não queria que ele crescesse a pensar que aprender era uma tortura. Passei a mão pelos seus cabelos despenteados e disse-lhe:
— “Sabes que há sempre outra forma de aprender. Deixa-me tratar disso.”

No dia seguinte, depois do trabalho, passei por uma pequena loja de antiguidades no centro da cidade. Entre móveis gastos e livros empoeirados, encontrei o que me pareceu um tesouro: um puzzle vintage do esqueleto humano.. Senti que aquilo podia ser a chave.

Quando cheguei a casa e o tirei do tubo onde vinha envolvido e os olhos do meu filho brilharam de curiosidade. Espalhámos as peças pela mesa e começámos a encaixá-las. Eu lia os nomes em voz alta, com entusiasmo, quase como se estivesse a contar uma história:
— “Olha, este é o fémur, o maior osso do corpo! Sustenta-nos como se fosse uma coluna gigante.”
— “Aqui está a clavícula, também chamada ‘osso da sorte’. Sabias?”

Ele ria-se, encantado, e ia repetindo os nomes, corrigindo-me quando trocava de propósito para o testar. Cada peça que se juntava era uma descoberta. O puzzle transformou a frustração em jogo, e o jogo em curiosidade.

Aos poucos, percebi que aquela curiosidade não ficou só naquela tarde. Ele começou a fazer perguntas atrás de perguntas: queria saber como funcionavam os músculos, como o coração batia, porque respirávamos tão rápido quando corríamos. Os trabalhos de casa deixaram de ser um peso; tornaram-se uma desculpa para explorarmos juntos o corpo humano, como dois investigadores.

Hoje, tantos anos depois, estou novamente sentada à mesa da cozinha, mas o cenário é outro. O meu filho, já homem, veste pela primeira vez a bata branca que comprámos ontem. Está nervoso, mas os olhos brilham da mesma forma que brilhavam quando encaixava as peças do puzzle comigo.

— “Mãe, hoje é o meu primeiro dia na faculdade de Medicina…” — diz-me, num sussurro orgulhoso.

Sorrio e sinto os olhos a encherem-se de lágrimas. Quem diria que aquele puzzle vintage, comprado numa loja esquecida, seria o início de um caminho tão bonito? Aperto-lhe a mão e respondo:
— “Vai, meu querido. O mundo precisa de médicos curiosos como tu.”

E, no fundo do coração, sei que, de certa forma, aquele puzzle ainda está connosco, peça por peça, a sustentar o futuro que ele escolheu construir.


Puzzles Vintage da Cavallini

Os puzzles de 1000 peças da Cavallini vão muito além de um simples entretenimento — são verdadeiras obras de arte em estilo vintage, concebidas com cuidado para proporcionar uma experiência envolvente e elegante. Inspirados em ilustrações icónicas do arquivo da marca, cada puzzle distingue-se pela riqueza de detalhes, pelas cores vivas e por um charme nostálgico que os torna especiais. A coleção abrange uma grande diversidade de temas, da botânica e vida animal a mapas históricos e expressões culturais, oferecendo opções capazes de fascinar tanto os colecionadores como os apaixonados por puzzles.

Produzidos com materiais de elevada qualidade, os puzzles Cavallini asseguram um encaixe suave e preciso, perfeitos para quem valoriza momentos de lazer com sofisticação. Ao longo da montagem, cada peça contribui para uma experiência visual e tátil única, revelando imagens que podem ser emolduradas e transformadas em elegantes elementos de decoração. Cada tema é escolhido de forma criteriosa, conferindo exclusividade a cada puzzle, que se torna não só um passatempo relaxante, mas também uma verdadeira obra de arte.

5 de novembro de 2025
— Tenho uma ideia — disse. — Vamos escrever uma à outra uma carta sobre este fim de semana. Mas não se pode ler agora. Só daqui a muitos anos. — Quantos? — perguntei. — Sei lá. Dez, talvez vinte. O que interessa é que fique guardado.
29 de outubro de 2025
Desde 1989, a Cavallini & Co. tem vindo a transformar peças do dia-a-dia em autênticas obras de arte com o seu toque vintage e intemporal. Cada puzzle é feito com cartão grosso de alta qualidade, garantindo peças resistentes e um encaixe preciso, porque nada deve comprometer a experiência de quem aceita o desafio das 1
22 de outubro de 2025
Estendi as mãos e ela entregou-me uma bolsa vintage, com o fecho dourado ligeiramente gasto. — Era minha — contou. — Usei-a quando fui estudar para Lisboa, antes de te ter. Pensei que te podia dar sorte. Abri-a com cuidado. Cheirava a tempo e a perfume dela.
15 de outubro de 2025
Hoje, quando caminho até ao ginásio, já não levo só a tote bag, mas também a amizade da Amélia, a capacidade de recomeçar, de me ligar a alguém, de encontrar alegria em coisas simples. As nossas tote bags continuam lá, lado a lado, gastas e iguais, lembrando-nos de que amizade também é um exercício diário, feito de peq
8 de outubro de 2025
De repente, ela ergueu a caneca e riu-se: — Olha, eu sei que não se brinda com canecas... — Mas hoje é exceção! — interrompi, levantando também a minha. Tocámos as canecas com um pequeno tilintar, cúmplices, a rir como duas miúdas. — Ao novo capítulo — disse ela.
1 de outubro de 2025
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24 de setembro de 2025
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10 de setembro de 2025
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3 de setembro de 2025
Ainda hoje guardo aquela caixa metálica, cheia de lápis bonitos, não só como recordação de um objeto útil, mas como símbolo do início de uma nova fase da minha vida.
27 de agosto de 2025
Anos mais tarde, caminhando pela cidade, passei por uma loja vintage e, por acaso, reparei numa toalha na montra, era igual à da Mariana, o que me fez lembrar imediatamente daquela tarde de despedida. Todas as memórias vieram à tona, como se nunca tivessem partido.
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