Um convite para jantar!

O telefone tocou ao início da noite. Vi o nome dela no ecrã e senti aquele aperto doce no estômago, uma mistura de nervosismo e entusiasmo. Atendi quase sem hesitar.
— Olá, Sofia. Estava mesmo a pensar em ti.
Do outro lado, a sua gargalhada leve, quase tímida, fez-me sorrir de imediato. Era incrível como um simples som conseguia desarmar-me por completo.
Já andávamos a sair há algumas semanas: cafés que acabavam em conversas sem hora de acabar, passeios sem rumo pela cidade, jantares fora em sítios que nenhum de nós conhecia. E cada momento com ela tinha um peso especial, como se estivéssemos a construir algo invisível, mas sólido.
— Então… — começou ela, com aquela pausa estudada que me deixava sempre suspenso — não achas que já está na altura de me convidares para jantar em tua casa?
Ri-me, encostado à cadeira. Era típico dela lançar desafios assim, diretos, mas com uma doçura impossível de resistir.
— Estava mesmo a ganhar coragem para isso — respondi. — Sábado? Cozinho para ti.
— Sábado está perfeito — disse, e pude quase sentir o sorriso a formar-se-lhe nos lábios.
O telefonema devia ter terminado ali, mas nenhum de nós tinha pressa de desligar. Falámos do trabalho dela, dos pequenos dramas do meu dia, de um livro que ela estava a ler e das viagens que sonhávamos fazer. A certa altura, a conversa já não tinha rumo — ríamos de coisas que só faziam sentido naquele momento. Quando finalmente desligámos, a bateria do meu telemóvel estava a pedir clemência, e eu percebi que tinha estado mais de duas horas agarrado àquele fio invisível que nos ligava.
No sábado, passei a tarde mergulhado nos preparativos. Queria que fosse especial, mas sem parecer ensaiado demais. Escolhi fazer risotto de cogumelos, um prato simples, mas cheio de sabor, reconfortante, como uma boa conversa. O aroma da manteiga a derreter com o alho espalhou-se pela cozinha, e o estalar do arroz no azeite parecia dar ritmo à minha ansiedade.
Quando a campainha tocou, respirei fundo e limpei as mãos no pano. Abri a porta e lá estava ela, radiante. Trazia um brilho nos olhos que me fez esquecer o nervosismo e, nas mãos, um pequeno saco de papel.
— Antes de começarmos jantar, quero que abras isto — disse-me, mal entrou, entregando-mo com um ar cúmplice.
Abri com cuidado, e o que encontrei fez-me rir de surpresa:
um avental vintage, de algodão grosso, estampado com pequenos cogumelos vermelhos.
— Não acredito… até parece que sabias o que estava a cozinhar.
— Não sabia nada! — protestou, divertida. — Mas olha, foi inspiração. Achei que precisavas de um uniforme de chef à altura.
Olhei para ela, ainda a segurar o avental, e houve um instante de silêncio. Não era desconfortável — pelo contrário, era um silêncio cheio, carregado de significado. Estávamos tão próximos que quase sentia o calor da sua pele. Inclinei-me devagar, como quem pede permissão sem palavras. E ela não recuou.
O nosso primeiro beijo nasceu ali, na cozinha, entre o aroma de vinho branco a evaporar na frigideira, o tilintar distante de uma colher esquecida no balcão, e um avental com cogumelos que parecia ter sido feito de propósito para aquele momento. Foi doce, inesperado e absolutamente inevitável.
Senti que, a partir dali, nada voltaria a ser igual.
Aventais da Cavallini
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