Um placard com mensagens!


Hoje era o aniversário da minha irmã. A mais nova da família está ainda naquela fase turbulenta da adolescência, em que tudo parece ser vivido ao extremo, os sentimentos, os silêncios, os sorrisos e até os afastamentos. A idade em que, muitas vezes, a família passa para segundo plano e os amigos ocupam o centro do seu mundo. É natural, todos passámos por isso. Mas eu queria que este dia ficasse gravado na memória dela, mesmo que hoje ela não o percebesse.

Planeei tudo ao detalhe. Aproveitei o tempo em que ela estava na escola para transformar a casa num verdadeiro jardim encantado, com flores, por todo o lado, já que ela é obcecada por flores, desde pequena. As paredes estavam decoradas com pósters florais, os balões em tons suaves de rosa, lilás e amarelo flutuavam pelo teto, a mesa estava coberta com uma toalha cheia de margaridas estampadas. Os copos, os guardanapos, até os pratos… cada pormenor respirava primavera.

Entretanto, combinei com os nossos pais para irem buscá-la à escola. Disse-lhes para a levarem ao parque por um tempo, distraí-la um pouco. Enquanto isso, os amigos dela começavam a chegar, cada um com um brilho nos olhos e um entusiasmo que me comoveu. Sentia que estavam tão empenhados quanto eu.

Reuni-os todos na sala e comecei a distribuir as tarefas. Um grupo tratou do bolo, que era uma verdadeira obra de arte — camadas de baunilha com recheio de frutos vermelhos e coberto com flores comestíveis, feito por uma amiga nossa que está a estudar pastelaria. Outros montaram o projetor para a surpresa principal: uma apresentação com vídeos e fotos desde que ela era bebé até hoje. Tínhamos imagens dela a rir sem dentes, de quando caiu da bicicleta, dos seus primeiros passos no palco da escola, e até algumas mais recentes, das férias com os amigos.

Depois fui buscar o placard de cortiça que tinha comprado dias antes, daqueles grandes, com moldura de madeira clara. Comprei também um conjunto de lápis, todo decorado com padrões florais, era como se cada lápis tivesse a sua própria personalidade. Dei um lápis a cada amigo e pedi-lhes para escreverem no papel uma mensagem para ela: algo bonito, algo sentido. E escreveram. Coisas mesmo sinceras. Palavras que falavam de admiração, de amizade verdadeira, de momentos partilhados. Algumas eram engraçadas, outras emocionantes. Quando todas as mensagens estavam no placard, coloquei os lápis restantes num embrulho bonito, ao lado. Fazia o conjunto perfeito.

Quando os meus pais chegaram com ela o meu coração batia incontrolavelmente. Ela entrou em casa e parou por uns segundos, completamente assustada e surpresa ao mesmo tempo. Os olhos começaram a brilhar. Primeiro olhou à volta, observando cada pormenor da decoração, depois foi recebida com um coro de "Parabéns!" e abraços apertados dos amigos. Saltou, riu, gritou de alegria. Aquilo sim, era felicidade pura. Cantámos os parabéns, fizeram karaoke (ela arrasou numa música da Taylor Swift!), jogaram jogos de tabuleiro, dançaram, houve até guerra de almofadas improvisada no final. Mas o momento mais marcante foi quando vimos juntos a apresentação. Ela chorou. Chorou mesmo. Aqueles vídeos mexeram com ela — e ver todos os amigos ali, à volta dela, a sorrir, a partilhar o momento, mostrou-lhe o quanto é amada.

No fim da noite, peguei na minha prenda. Sem grandes expectativas, entreguei-lhe o embrulho com o placard e os lápis. Ela desembrulhou devagar, curiosa, e quando se deparou com as mensagens dos amigos… soltou um grito de surpresa. Tocou em cada papel, leu tudo em silêncio, com os olhos cheios de lágrimas. Olhou para mim, sem dizer nada, apenas veio a correr e abraçou-me com força. Um abraço daqueles em que não é preciso dizer palavra nenhuma.

Naquele instante, percebi que tudo tinha valido a pena. O esforço, o planeamento, os detalhes. Talvez eu tenha mesmo conseguido transformar este dia num daqueles que ela vai guardar para sempre. A minha pequena irmã… já tão crescida. E ali, rodeada de carinho, talvez ela tenha sentido que, apesar das mudanças da vida, o amor da família e dos verdadeiros amigos está sempre ali. Firme. Incondicional.


Conjuntos de Lápis Cavallini & Co.

Os conjuntos de lápis nº2 HB da Cavallini constituem uma adição elegante e funcional a qualquer ambiente de trabalho ou estudo. Reconhecidos pela sua qualidade superior, os lápis apresentam um toque suave e produzem um traço médio escuro, sendo adequados tanto para escrita como para desenho técnico ou artístico.

Cada lata inclui dez lápis previamente afiados, distribuídos por dois padrões gráficos distintos — cinco unidades de cada — cujo design é inspirado nas ilustrações vintage provenientes dos arquivos históricos da marca. Estes elementos conferem aos conjuntos de lápis um carácter distintivo e intemporal, que conjuga tradição visual e excelência material.

Complementado por um apara-lápis, estes conjuntos são particularmente recomendados para todos aqueles que valorizam não apenas a funcionalidade, mas também o rigor estético e a atenção ao detalhe. Dada a sua apresentação cuidada, constitui igualmente uma opção de presente adequada a diferentes contextos.



11 de junho de 2025
Entrei pela porta da frente, e logo o fresco do interior me envolveu. Fui direta à estante baixa junto à lareira. E lá estava ele, de onde nunca saiu: o tubo do puzzle.
4 de junho de 2025
Coloquei o meu avental, gasto, mas cheio de história, aquele que me acompanha desde que comecei a aprender a cozinhar, e que carrega as marcas de tantas receitas e momentos felizes.
28 de maio de 2025
Colei a nota aderente com cuidado dentro do meu livro favorito na altura: A Sombra do Vento, do Zafón. Um livro que já tinha lido três vezes e que sabia que não ia reler tão cedo. Foi o esconderijo perfeito. E assim passou o tempo.
14 de maio de 2025
Toquei à campainha, mas ninguém abriu. Pensei que já não vivesses lá. Fiquei lá parado uns minutos sem saber o que fazer, e lembrei-me do postal. Comprei um set de papelaria numa loja pequenina no sul de França, e escolhi este postal porque me fez lembrar de ti, os gatos, o estilo antigo...
7 de maio de 2025
Era antiga, de algodão, com um padrão floral que cheirava a primavera. Tinha pertencido à minha avó e, quando ma deu, disse-me: “Para que nunca te esqueças que as coisas simples são as mais bonitas.”
30 de abril de 2025
Já instalada na minha nova vida italiana, um dia estava a passear pelas ruelas do centro quando vi uma pequena loja de artigos vintage e entrei sem pensar. Lá dentro, numa prateleira de madeira envelhecida, vi um mini puzzle com uma ilustração vintage de várias borboletas.
23 de abril de 2025
Havia algo especial nela, dentro da sua mala, havia sempre uma bolsa, mas não uma qualquer, era vintage, de tecido encorpado, coberto por flores em tons antigos, como se tivesse sido arrancado de uma ilustração botânica de uma enciclopédia esquecida no sótão de uma casa senhorial.
16 de abril de 2025
Lá no fundo, vi a minha tote bag preferida, aquela que usava quando saía sozinha, antes de me moldar para agradar aos outros. Peguei nela, coloquei lá um livro que andava a adiar ler há meses, um caderno e uma caneta, os meus fones, toalha, protetor solar e alguma comida e fui até à praia.
9 de abril de 2025
Passei por uma papelaria na Baixa e, na montra, reparei num caderno com uma capa ilustrada com gatos. Havia qualquer coisa nele que me chamou. Entrei, determinada. “Posso ver aquele caderno dos gatos que está na montra?”, perguntei à funcionária. “Claro que sim!”, respondeu com um sorriso. “Esse é novo por aqui, mas a marca tem modelos lindíssimos. Quer que lhe mostre mais?”
22 de março de 2025
Decidi emoldurá-lo e dar-lhe o destaque que merecia, numa das paredes da casa! Enquanto o preparava, reparei que no verso havia algo escrito. As letras estavam ligeiramente desbotadas, como se tivessem sido impressas há décadas, mas ainda perfeitamente legíveis: "Momentos captados pelas câmaras perpetuam no tempo! Dentro do baú, há uma caixa repleta de memórias que nunca ficarão esquecidas."
Show More